quinta-feira, 24 de março de 2011

E os olhos cor de violeta?



O mundo acordou ontem sem todas as suas belezas. Morreu Elizabeth Taylor, a diva maior do cinema, a mulher maravilhosa, a atriz várias vezes premiada.
Os que gostam de cinema sabem do vazio que isso representa. Apesar de estar há muito tempo longe da telona, Taylor ainda brilhava como ícone que sempre foi. Suas imagens, espalhadas pelo mundo ainda ofuscam, e ofuscarão por muito tempo.
Liz, como era conhecida, teve uma vida marcada por polêmicas. Foi considerada uma das mulheres mais belas de seu tempo, com os famosos olhos cor de violeta.
Aliás, aqueles seus olhos ... quem os esquecerá!
A mulher maravilhosa que a tantas outras deu vida. Cleópatra, no filme de mesmo nome (Cleopatra, 1963, Joseph L. Mankiewicz), a personificação de mulher fatal que até hoje permeia o imaginário dos que assistiram. E não nos esqueçamos da jovem Leslie, vinda da grande cidade a enfrentar as intempéries de um região pouco desenvolvida, em “Assim Caminha a Humanidade” (Giant, 1956, George Stevens) – esse um dos melhores filmes de todos os tempos, ocasião em que contracenou a diva com James Dean e Rock Hudson, mais tarde seu grande amigo.  Vem à nossa mente, ainda, a Martha, do drama de relacionamentos humanos “Quem tem Medo de Virgínia Woolf? (Who’s afraid of Virginia Woolf, 1966, Mike Nichols) que rendeu a Elizabeth o seu segundo “oscar” como melhor atriz, em 1967.
Romances tumultuados sempre permearam a vida de Liz. Isso é fácil de entender, em razão de sua beleza e de sua personalidade. As regras foram transgredidas, e muitas das vezes, as personagens é quem deram vida à atriz!
Pensar de forma diferente sobre Elizabeth e não tê-la conhecido, ainda que como mero expectador.
Os “eternos olhos cor de violeta”, como dizia Richard Burton, seu ex-marido por duas vezes, jamais desbotarão.
A lembrança de Liz Taylor é um eterno convite para que assistamos seus filmes, atividade que, além de nos alcançar imenso prazer, certamente nos preencherá as retinas com umas das mais belas personificações do ser humano, em corpo e alma - em sua plenitude!

Peter Rossi

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